Maconha, Não!
Por otmiza em 16/06/2015
Categoria(s): Notícias
Se você acha que a legalização da maconha acaba com a guerra das drogas, basta olhar de perto o estado norte-americano do Colorado, que legalizou o uso da maconha recreativa no final de 2013. Apenas 60% de toda droga consumida vem de lojas ou plantações individuais. Os outros 40% são vendidos por traficantes. Droga vinda do México. O motivo é simples. Com o imposto cobrado pelo governo, a maconha que sai a U$ 36 nas lojas, pode ser comprada a U$ 10 no traficante, em média. A melhor forma de tomar uma decisão difícil é olhar para trás e ver o que aconteceu com episódios parecidos.
Primeiro, vamos olhar para a experiência que já temos com drogas lícitas, tabaco e álcool. A legislação brasileira não permite que menores de 18 anos ingiram bebida alcoólica. Quem aqui nunca viu um menor enchendo a cara em um bar? Não existe fiscalização, não existe punição, não existe campanha educativa.
Outro argumento para a legalização é a arrecadação de impostos. O montante gasto na saúde pública com o tratamento de doenças relacionadas ao tabaco é de R$ 21 bi, 30% do orçamento do Ministério da Saúde e 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com impostos de produtos derivados do tabaco. No início de maio, esteve no Brasil um dos maiores pesquisadores de esquizofrenia e psicoses desenvolvidas a partir do uso de maconha, o médico inglês Robin Murray. Ele apresentou índices alarmantes de desenvolvimento de doenças mentais a partir do uso. O médico ressaltou que é muito raro as pesquisas na área da psiquiatria apontarem todas para a mesma direção, mas que isso tem acontecido nos estudos com maconha.
Um dos estudos apresentados pelo médico mostrou o risco ainda maior de desenvolver esquizofrenia nos usuários que começaram aos 15 anos, 4,5 vezes maior do que em quem começou a fumar na idade adulta. Só que todos sabemos que a maconha atinge principalmente os adolescentes. O médico-psiquiatra Valentim Gentil, um dos maiores pesquisadores dos efeitos psicóticos da maconha no Brasil, diz que “oficializar a maconha é abrir uma fábrica de esquizofrênicos”. Alguém pode dizer que “todo mundo já usa, então, é melhor legalizar logo, não é mesmo?”. Errado. E para desmascarar esta tese vou novamente mostrar a experiência da legalização no Colorado. Antes da liberação recreativa, o estado já autorizava o uso para fins medicinais. Até 31 de dezembro de 2013, existiam 100 mil usuários cadastrados. Um ano depois da legalização, em 31 de dezembro de 2014, estimasse que esse número tenha passado de 1 milhão de usuários. O motivo é simples: a droga, quando se torna legal, desperta interesse, principalmente entre os jovens. A pergunta que devemos fazer é se nosso país tem condições de ter mais uma droga legalizada. E mais, se realmente precisamos expor crianças e adolescentes a riscos irreversíveis, pois esquizofrenia não tem cura.
Andreia Salles
Retirado: http://www.uniad.org.br/interatividade/noticias/item/23149-maconha-não